Sobre - Mobile Learning 5.0

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- Projeto Mobile Learning 5.0-
Louro/Mouquim
Operacionalização
1. Introdução

Olhando para este século e para os últimos três é mais que evidente que temos de mudar a nossa forma de ver o ensino e aprendizagem, esta pode ser feita em qualquer hora e em qualquer lugar. A utilização de dispositivos móveis por parte dos alunos fez com que o acesso à informação não dependesse de momentos específicos definidos pelo professor. O acesso à informação está à distância de um simples clique e com isso a uma infinita fonte de informação na ponta dos dedos. Pom, o papel do professor mudou radicalmente e, acreditamos, que este não só não se extingue como adquire novas características de mediador no processo ensino e aprendizagem.
 
Transformar a sala de aula é repensar as práticas e estratégias para responder às necessidades pedagógicas e também às necessidades da sociedade, em constante mudança.
Os objetivos pedagógicos, ferramentas, abordagens e estratégias devem ser definidos em estreita relação com as competências que se pretende desenvolver nos alunos.
Assim, a meu ver é essencial que um professor se questione sobre as suas práticas no dia-a-dia. Isto fará com que consiga projetar-se e identificar o rumo que pretende seguir.
É importante saber onde se está para saber para onde se quer ir!
Se já pensou na sua prática? O que faria diferente? Porquê?

O projeto MOBILE LEARNING 5.0 tem como base o aluno e assenta nestes princípios.
Diferenciar & personalizar o ensino é possível!
Cada um trabalha consoante as necessidades detetadas!
Cada um tem propostas variadas!
Cada um evolui ao seu ritmo!
Cada um tem a possibilidade de trabalhar com um parceiro e pedir ajuda!

Alunos diferentes numa sala! Respeitar as diferenças, adaptar-se a elas, fazer de tudo para que cada um consiga dar o seu melhor!
Com este projeto digital o professor cria para eles e com eles uma sala inspiradora e motivadora, esse é o objetivo... desde o primeiro dia em que comecei a planear o projeto mobile learning (ano letivo 2019), agora  o projeto suporta um upgrade para 5.0.
Deparamo-nos com um novo perfil de aluno, com novas  competências  que precisam ser exploradas e potenciadas, mediadas pela tecnologia ubíqua.

2. Contextualização teórica
Os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico continuam a ter fracos resultados nas áreas nucleares, do Português e Matemática (IAVE, 2014; ProjAvi, 2012). Reconhecemos também a grande popularidade dos dispositivos móveis junto dos alunos, não sendo, estes, aproveitados pelos professores no processo de ensino e aprendizagem (Attewell & Savill-Smith, 2014; Kukulska- Hulme, 2012). Ora se por um lado, os professores deparam-se com alunos com melhores competências digitais, de pesquisa e processamento da informação, por outro, não alteram as suas pticas pedagógicas, apesar de reconhecerem que estas se encontram ultrapassadas, no que à aquisição de competências de leitura diz respeito (Simões et al, 2014; Yoon et al, 2007). Segundo estudos recentes (Attewell e Savill-Smith, 2014; Simões et al, 2014), a utilização de dispositivos móveis na aprendizagem servem de complemento à construção de conhecimento e significado dos  alunos, de apoio à dinâmica  de sala  de aula  e ao desenvolvimento da aprendizagem informal (Shum & Crick, 2012). Neste contexto um dos desafios que se coloca atualmente é a integração destes dispositivos móveis no ensino, mas sobretudo na reflexão e desenho de novos ambientes pedagógicos de aprendizagem, na sua efetiva e competente utilização (Shum & Crick, 2012). As estratégias de ensino devem promover uma aprendizagem que integre várias dimensões: imaginação, intuição, colaboração e impactos emocionais. Os aspetos estéticos, como a imagem, o vídeo e a música (multimédia) agregam uma sofisticação em relação ao ensino e aprendizagem, uma vez que proporcionam a vivência e a interatividade, ligando assim sentidos, sentimentos e razão. Quanto maior for o envolvimento dos alunos na manipulação criativa, na pesquisa, na interação com o próprio conhecimento, na descoberta de novas formas de expressão de saberes, maior será a eficácia didática deste processo. Neste sentido, também a leitura no contexto da comunicação digital é muito diferente nos dias de hoje, por ser (i) multimodal, (ii) social, (iii) monitorizada e (iv) lúdica (Kress & Van Leuwwen, 2001). No contexto da era digital, a leitura continua a ser o resultado das construções de significados que integram a informação (Kress & Van Leuwwen, 2001). Pom, esta caracteriza- se, hoje, como  (i) multimodal por ser representada em diferentes modos semióticos. Ler apresenta uma (ii) dimensão social, porque implica o acesso imediato (e onipresente) para outros textos, em rede. A leitura digital é (iii) monitorizada por uma gestão e controlo imediato do leitor em todas as fases do processo. A leitura apresenta um (iv) caráter lúdico, que se manifesta na ação e no envolvimento do leitor, também em contextos de gamificação. A construção de um novo cenário de inovação pedagógica no processo de ensino e aprendizagem começa com os professores, uma vez que são os designers e facilitadores do mesmo. No entanto, somente se os professores tiverem o conhecimento e as capacidades necessárias é que podem implementar uma transformação pedagógica.

3. Metodologia
O principal objetivo deste projeto é transformar as pticas pedagógicas de ensino e aprendizagem através da utilização de dispositivos móveis.
Para tal apresento as seguintes fases do projeto que pretendo implementar nas turmas do primeiro ano letivo 2022/2023

FASE A Diagnóstico do contexto e caracterização das turmas do primeiro ano
Pressue a utilização de recolha de dados para caracterização do contexto, da turma e dos professores envolvidos, de forma a preparar a operacionalização e intervenção.

FASE B – Partilha de práticas pedagógicas em contexto, acompanhamento e monitorização do processo
Pressue a partilha de práticas em contexto de sala de aula, mais o acompanhamento dentro e fora do espaço de aprendizagem, presencial e online, junto com o processo de monitorização, com reports, recolha, tratamento e análise dos dados em harmonia com os dois professores titulares de turma.

FASE C Desenho e implementação de um novo espaço de aprendizagem
Pressue o desenho participativo com a comunidade escolar do espaço de aprendizagem, pressupondo a flexibilidade e autonomia das aprendizagens, favorecendo a utilização de equipamentos tecnológicos digitais

FASE D Equipamentos
Conjunto de Tablets (1 por aluno 2 de reversa para eventuais avarias- Total 25)
Reparação/ substituição dos quadros interativo

4. Resultados expectáveis
Pretendo que através deste projeto chegar a mais alunos para uma melhoria eficiente de aquisição de competências dos alunos, sobretudo ao nível das soft skills, consistentes com o perfil de aluno à saída da escolaridade obrigatória, tendo em conta o decreto lei 54 e 55. É um facto que a tecnologia por si não i alterar qualquer resultado de aprendizagem, mas é através de um uso pedagógico da mesma que acreditamos numa mudança de pticas. Esta é a ambição deste projeto, facilitar conhecimentos pedagógicos, de modo a que o processo ensino/aprendizagem se altere e inove tendo por base a utilização dos dispositivos móveis.
Importa salientar, que este é um projeto que vai ao encontro de projetos que foram executados a nível europeu e em Portugal e com resultados muito satisfatórios.


 


Created by Henrique Leal - Projeto Mobile Learning 5.0
Uma sala de aula upgrade
“Para refletir:  O ambiente de sala de aula deve ser propício à colaboração, comunicação, criatividade, pensamento crítico, autonomia... E se o ambiente influenciasse o desempenho académico, o estado emocional/ social e o comportamento, mais do que a importância que normalmente lhe é dada...? O processo tem tanto ou mais valor do que o resultado!”
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